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O que torna um destino uma oportunidade atraente para investimento hoteleiro?
por Arturo Garcia Rosa - President & CEO, SAHIC Group
A República Dominicana, no Caribe, tornou-se um dos destinos preferidos dos investidores hoteleiros e os motivos são simples: localização geográfica privilegiada, estrutura jurídica sólida, estabilidade econômica, infraestrutura moderna e certamente uma demanda dos EUA, destino muito próximo. Isso, sem dúvida, forma um mix perfeito.
Por isso, o destino, que já traçou um plano para aumentar o número de quartos em cerca de 30 mil nos próximos anos, para suportar o crescimento esperado, serve de exemplo para vários outros destinos não só no Caribe, mas também na América Latina.
Junto a esse crescimento do turismo naquele país, que deverá terminar o ano com um recorde de 11 milhões de visitantes, há uma promoção cada vez mais reforçada em quase toda a região. Se destaca muito particularmente o caso do Brasil, onde o crescimento interanual 2024/2023 é basicamente suportado pelo mercado local. A isso se junta o objetivo do Ministério do Turismo de crescer de 6 milhões de chegadas internacionais à meta de 8,1 milhões até 2027. E parece que não só será possível, como até mesmo possível ultrapassá-la. Basta olharmos, por exemplo, para o crescimento significativo das chegadas registado em outubro passado na cidade do Rio de Janeiro.
Uma questão que terá um impacto importante neste sentido e certamente ajudará a melhorar substancialmente o equilíbrio turístico do país é a desvalorização do Real, o que implicará não apenas um atrativo para viajantes internacionais, mas um maior número de viagens feitas por brasileiros dentro seu próprio país.
Numa rápida conversa com os investidores, todos concordam que não faltam recursos financeiros, o que é preciso é criar oportunidades que sejam verdadeiramente atrativas para os investidores e sem dúvida a região tem múltiplos destinos em condições de as proporcionar. É necessário criar espaços para os tornar visíveis, para saber mais sobre quem, com quem e em que enquadramento podem ser realizados os negócios que os investidores procuram ou esperam que lhes sejam apresentados.
Investidores, hoteleiros, empresários, fundos de investimento, bancos privados e multilaterais, entre outros atores importantes, se reunirão no Rio de Janeiro nos dias 24 e 25 de março de 2025.