por Diogo Canteras - Founding Partner, HotelInvest

O turismo de luxo segue em forte expansão, impulsionado por um público disposto a investir em experiências exclusivas e altamente personalizadas. Em 2023, o setor movimentou mais de US$ 140 bilhões globalmente, e a expectativa é de crescimento contínuo, impulsionado por tendências como personalização extrema, hospitalidade sustentável e integração de tecnologia nos serviços. No Brasil, esse segmento se fortalece com a entrada de marcas como Rosewood e Kempinski, além da expansão de redes como Marriott, Accor e Hyatt, demonstrando um ambiente altamente favorável para investimentos.

O perfil do investidor em hospitalidade de luxo tem evoluído. Cada vez mais, há um foco em projetos sustentáveis, que minimizam impacto ambiental sem comprometer a sofisticação, e no crescimento das soft brands, que equilibram identidade local com padrões internacionais. Além disso, a demanda por hotéis boutique, vilas privadas e serviços hiperpersonalizados continua a crescer, impulsionada por consumidores que buscam não apenas conforto, mas uma experiência autêntica e memorável.

O Brasil se destaca nesse cenário por uma combinação estratégica de fatores. O país abriga destinos naturais únicos, de praias paradisíacas a ecossistemas preservados, além de uma cultura rica e diversa que se alinha à demanda global por turismo experiencial. O aumento da conectividade aérea e a demanda reprimida do mercado doméstico também criam um ambiente favorável para novos empreendimentos, reposicionamento de propriedades e parcerias estratégicas entre investidores locais e grupos internacionais.

Para investidores atentos às transformações do setor, o turismo de luxo representa muito mais do que um nicho altamente lucrativo—ele é um motor de inovação e diferenciação dentro da hotelaria brasileira. A busca por experiências autênticas, alinhadas a serviços impecáveis, não apenas eleva os padrões do setor, mas também gera novas oportunidades para aqueles que desejam se posicionar à frente no mercado.